quinta-feira, agosto 27, 2009

Aviões da AM - SPAD VII C.1



Em 1919, após o fim da 1ª guerra mundial, foram recebidos de França 22 aparelhos SPAD VII-C1, equipados com o motor Hispano Suiza 8-AC de 180hp e 16 bombardeiros Breguet Br.14-A2, que foram entregues ao Grupo de Esquadrilhas de Aviação República (G.E.A.R.), estabelecido na Amadora em 5 de Fevereiro de 1919. A partir de 1924, a Esquadrilha Mista de Depósito recebeu estes caças e nesse momento foi modificada a estrutura de Grupo de Esquadrilhas de Aviação República, passando esta unidade a Grupo de Avuiação de Informação (G.A.I.). Estes aviões estiveram ao serviço de 1919 a 1932, tendo a primeira Esquadrilha de Caça de Portugal sido constituída por 6 destes aparelhos SPAD VII-C1. (Crédito: "Os Aviões da Cruz de Cristo", Dinalivro).

Um caça SPAD VII C.1 (nº 12) do GEAR da Amadora.

O tenente Paiva Simões junto ao SPAD VII C.1, nº 8, no campo de aviação do GEAR na Amadora, em 1920. (Crédito Museu do Ar).

O tenente piloto aviador Óscar Monteiro Torres na escola de Pau, França.

A SPAD (Société Provisoire des Aéroplanes Deperdussin) foi fundada em 1911 e nas vésperas da 1ª guerra mundial entrou em falência, tendo a mesma sido comprada pelo célebre piloto e designer Louis Blériot. Em 1915, devido à supremacia da Alemanha com o seu Fokker Eindekker E.III, os Aliados procuravam uma solução adequada, tendo o designer chefe da SPAD, Louis Béchereau, decidido arriscar o projecto de uma máquina baseada no novo motor Hispano Suiza V8, desenhado pelo suiço Mar Birkit. Depois dos primeiros vôos, uma comissão militar aprovou o modelo SPAD V, tendo encomendado 286 destes aparelhos. Durante a sua construção foram introduzidas algumas alterações, que levaram à re-designação SPAD VII C.1, que figura na história como um dos melhores caças do seu tempo. Em menos de um ano foram produzidos cerca de 5000 aparelhos, em França, UK e Russia. Em 1918 e nos anos seguintes depois do fim da guerra, foram exportados muitos destes aparelhos para Portugal, Grécia, Czechoslovaquia, Brazil, Estonia, Belgica, Finlandia, Chile, Peru, Romania, Polonia, Holanda, Ucrania e Tailandia.

Preparativos para a partida de um SPAD VII C.1 durante a 1ª guerra mundial.

Avião SPAD VII usado para transportar correio.

SPAD VII's da famosa esquadrilha SPA3 'Les Cigognes' do célebre às francês Geoges Guynemer. Foi na esquadrilha SPA-65 'Soissons' que o piloto português Óscar Monteiro Torres (1889-1917), pilotando um SPAD VII C.1, morreu num combate aéreo, em 20-11-1917, durante a 1ª guerra mundial. Este tinha recebido um convite do francês para integrar a a sua esquadrilha, o que não aconteceu por este ter morrido em combate pouco depois do convite formulado. (Crédito "Aviões da Cruz de Cristo", Dinalivro)



Capa da Revista Wind-Sock e desenhos do SPAD VII C.1