quarta-feira, novembro 26, 2008

Altímetro de três ponteiros



Desde 1916, os altímetros fazem parte dos instrumentos os aviões, mas foi só nos anos 50 que se verificou a necessidade de introduzir uma primeira melhoria na sua indicação, pois a ambiguidade da sua leitura esteve na origem de vários acidentes e erros de navegação. Outros erros eram causados pela morosidade na colocação manual da pressão barométrica, da mudança do QFE para o QNH, fornecido pelos controladores aéreos, na aproximação à pista, devido ao tipo de mecanismo utilizado. Para além disso, algumas companhias de aviação recomendavam a introdução do QFE, outras o QNH e havia as que deixavam a escolha ao critério do piloto.

O altímetro convencional dos anos 50 tinha três ponteiros. Um ponteiro indicava a altitude em centenas de pés outro em milhares e um terceiro em dezenas de milhares de pés. Como os dois primeiros ponteiros rodavam rapidamente durante a descida, estes ocultavam temporariamente o terceiro ponteiro. Na última etapa da descida os pilotos de linha bastante atarefados com os procedimentos da aproximação e aterragem, tomando conhecimento do relatório atmosférico e das instruções da torre de controlo, podiam facilmente ler erroneamente o altímetro e descer abaixo da altitude para a qual tinham obtido autorização. Isso aconteceu num fim de tarde de Abril de 1958, com um Viscount com uma tripulação de cinco elementos e sem passageiros, que estava a voar para Prestwick, para iniciar um voo charter no dia seguinte, tendo sido possível ver a pista ainda a tempo de acelerar ao máximo, e aterrar de qualquer maneira, causando alguns estragos na estrutura e pneus cortados.

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